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segunda-feira, 12 de maio de 2008
Igreja Nsa.Sra. da Graça
IGREJA E ABADIA DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA
A igreja situa-se no bairro da Graça e era o centro da antiga Vila Velha fundada por Caramuru.
Com o desenvolvimento da cidade, a pequena colina foi cortada e a escala da igreja ameaçada pelos altos edifícios em sua vizinhança.
O grotão atrás da Abadia é considerado área non aedificandi (GP-1) pelo Decreto Municipal nº. 4.524 de 01.11.1973.
A abadia se desenvolve em dois pavimentos em torno de um claustro quadrado, ocupando a igreja o "quarto" esquerdo.
Os tetos da capela-mor e nave são de autoria de Manoel Lopes Rodrigues, executados em 1881 e substituem os anteriores de José Teófilo de Jesus, do final do séc. XVIII.
Na sacristia existem duas telas de autores desconhecidos: uma representando a visita votiva do Senado à igreja, em 1765, e outra narrando os vários episódios da vida de Diogo Álvares Correia, desde o naufrágio até o seu embarque para a França e o episódio de Moema.
Existe ainda quadro de Manuel Lopes Rodrigues, intitulado de "O Sonho de Paraguassú", do final do séc. XIX.
A igreja possui muitas peças de mobiliário antigo, dentre as quais destacam-se cadeiras executadas no séc. XVII. A primitiva imagem de Nossa Senhora da Graça foi desbastada no começo deste século, perdendo a sua rusticidade.
Possui ainda uma imagem de N. S. do Parto, atribuída ao séc. XVII.
A abadia da Graça apresenta uma das formas mais primitivas de mosteiro beneditino no Brasil. Este modelo seria desenvolvido em S. Bento do Rio de Janeiro com a duplicação da circulação em torno do claustro, estabelecendo uma separação entre a vida comunal desenvolvida no claustro, e a vida íntima desenvolvida nas celas.
A igreja sofreu grandes obras em 1770. Sua fachada barroca é desse período, mas a caixa é, provavelmente, seiscentista, ainda que alterada.
A presença de arcada na ala esquerda, atualmente fechada, indica a existência de um avarandado tipicamente seiscentista. Este elemento, que viria transformar-se no corredor lateral, é encontrado em igrejas rurais do século XVII como S. Miguel (SP), Pandalho (Pe), Santo Amaro de Ipitanga (Ba). A arcada da Graça parece ser mais primitiva que os exemplos citados, pois ainda não apresenta tribunas superpostas.
A sobrevivência de um outro testemunho seiscentista, a pequena torre de terminação em meia laranja, reminiscência da técnica mossárabe, no lado oposto da igreja, prova que a nave, ainda que tenha sido alongada e elevada, é a mesma de 1645.
O altar-mor da igreja tem a mesma composição rococó do altar-mor da igreja da Barroquinha.
Histórico arquitetônico
1535 - É fundada a primeira igreja da Bahia;
1586 - A primitiva igreja e terrenos adjacentes são doados por Catarina Paraguassú aos padres de São Bento, a 16 de julho;
1645 - Sob a planta do Frei Gregório de Magalhães foi erguida a abadia e colégio, cujo claustro se mantém até hoje;
1770 - Dado o estado de quase ruína, a igreja foi reconstruída. O abade D. Inácio da Piedade Pinto ampliou a nave, ergueu dois altares laterais e dourou o teto, confiando a pintura do mesmo a José Teófilo de Jesus. Reformou a fachada e restaurou a abadia. Restou, porém, a torre da primitiva igreja terminada em meia laranja;
1881 - Refeita a pintura do forro da nave por Manuel Lopes Rodrigues.
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.
Curiosidades
A LENDA SOBRE A ORIGEM DA IGREJA DA GRAÇA
A construção da Igreja da Graça, segundo diz a lenda “fora conseqüência das visões, várias vezes repetidas, de Catarina (Paraguassú), de que uma mulher que viera por nau, estava entre os gentios e lhe pedia que a mandasse buscar.
Procedidas diversas buscas por Diogo Álvares, Caramuru, fora encontrada a imagem de N. Senhora em poder de um índio que apanhara na praia e que, por ignorância do que se tratava, a jogara em um canto da casa. Então, Diogo Álvares apanhou-a e levou com grande reverência. Sendo apresentada à sua mulher Catarina, essa abraçou-se com a imagem, derramando-se em lágrimas de alegria, dizendo ser aquela a mulher que lhe aparecia e falava.
Pediu então ao marido para mandar erguer um templo, o que o mesmo fez de barro e, mais adiante, de pedra e cal, trasladando a imagem que ficara venerada com o título da Graça”.
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