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terça-feira, 31 de março de 2009

Roteiro Caminho da Vila Velha

Com a escolha do lugar para a construção de Salvador, a primitiva Vila do Pereira, no Porto da Barra, foi perdendo pouco a pouco sua importância.
Mas o Caminho da Vila Velha nunca deixou de ser relevante, especialmente para os pescadores e comerciantes que a utilizavam. A antiga trilha entre o local bom para pescar na praia do Porto da Barra e as fortificadas Portas de Santa Catarina, (atual Praça Castro Alves) é hoje tomada pela avenida Sete de Setembro e seus cinco quilômetros de extensão.
Aberta no inicio do século XX, a avenida uniu várias ruas estreitas de largura padronizada e foi responsável pela derrubada de uma igreja e várias fachadas de prédios civis do poder público. Mesmo assim, ela serviu como vetor de expansão promovida pela colônia inglesa no final do século XIX. Paralelamente a isso, começava a mudar o conceito de moradia em Salvador e a população já procurava novos espaços abertos para construir suas casas. Os ingleses ergueram, então, belas mansões no Corredor da Vitória e projetaram a praça do Campo Grande – além do corredor e do Campo Grande, esta área turística inclui a Praça da Piedade, o Largo de São Pedro, o Largo de São Bento e a Praça Castro Alves, onde ficavam as Portas de Santa Luzia no lado sul da muralha que cercava a cidade nos séculos XVI e XVII.



A Vila Velha, conhecida também como a Vila do Porto da Barra ou Vila do Pereira – uma alusão ao primeiro donatário da Capitania da Bahia, Francisco Pereira Coutinho -, surgiu no início do século XVI como um pequeno comércio próximo à única praia com condições naturais para a aproximação de embarcações no espaço da cidade. No Porto da Barra, desembarcaram o capitão Francisco Pereira Coutinho, em 1535, e o fundador de Salvador, Tomé de Souza, em 1549.
A pequena enseada também recebeu os soldados da Companhia das Índias Ocidentais na invasão de 1624, que seguiram pela trilha até a cidade então limitada entre a atual Praça Castro Alves e o Terreiro de Jesus. Fazem parte desta área monumentos como o Forte de Santa Maria, o Forte de São Diogo e a Igreja de Santo Antônio da Barra.

Porto da Barra – Com quase todo o litoral cercado por recifes, a cidade tem no Porto da Barra o único lugar onde é possível o desembarque de pequenas embarcações em segurança. Em forma de uma pequena enseada, o porto foi o lugar escolhido pelo donatário Francisco Pereira Coutinho para fundar a Vila da Capitania da Bahia. A Vila do Pereira, como ficou conhecida, recebia as naus que faziam comércio com os nativos comandados por Diogo Álvares “Caramuru”, na primeira metade do século XVI. Aí também foi o local onde desembarcaram o primeiro Governador-Geral Tomé de Souza, em 1549, e os soldados da Companhia das Índias Ocidentais, os quais invadiram a cidade em 1624. Um marco comemorativo, construído em 1949. Destaca o ligar da chegada de Tomé de Souza.

Forte de Santa Maria – Construído para guarnecer o Porto da Barra contra invasores, cruzando fogos com o Forte de São Diogo, esta fortaleza já existia quando a Companhia das Índias Ocidentais tentou ocupar Salvador pela segunda vez, em 1638. Forte sob invocação feminina em Salvador, tem forma de sete lados, quatro ângulos salientes e três reentrantes, e data do final do século XVIII.

Forte de São Diogo – Cruzando fogos com o Forte de Santa Maria e também com a função de impedir o desembarque de invasores no único porto natural da cidade, a fortificação já existia quando os holandeses invadiram Salvador pela segunda vez. Encravado na base do Outeiro de Santo Antônio, apresenta diariamente um vídeo sobre o Sistema Colonial da Cidade do Salvador e, ao meio-dia, dispara um tiro de canhão como ocorria antigamente.

Igreja de Santo Antônio da Barra – Situada sobre uma colina e com magnifica vista que abrange a Barra e a Baía de Todos os Santos, o templo foi construído entre 1595 e 1600. Sua fachada apresenta um alto frontão clássico de forma triangular e tem duas torres terminadas em pirâmide, revestidas por azulejos.

Igreja de Nossa Senhora da Vitória – Disputa com a Igreja de Nossa Senhora da Graça o título de a primeira construída em Salvador. Foi reedificada em 1666, com fachada voltada para o mar, e totalmente reformada em 1809, quando ocorreu uma inversão nas posições do altar e da entrada do templo. Em 1910, a fachada ganhou a atual decoração.

Corredor da Vitória – Esta bela avenida arborizada era ocupada por belas mansões da sociedade britânica no século XIX – as quais, pouco a pouco, foram substituídas por luxuosos edifícios residenciais a partir de meados do século XX. O Corredor da Vitória, que começa no largo da Igreja de Nossa Senhora da Vitória, possui alguns dos mais importantes museus de Salvador, como o Carlos Costa Pinto e o de Arte da Bahia, de Arte Decorativa e o Museu Geológico.

Museu Carlos Costa Pinto – Seu acervo foi, pacientemente, reunido pelo colecionador baiano Carlos Costa Pinto, na primeira metade do século XX, com aquisições de bens tradicionais de bens de tradicionais famílias da cidade. Os objetos do museu contam aspectos da vida social baiana nos séculos XVII, XIX e XX. A coleção de pratarias é considerada a maior do Brasil. O Museu localiza-se na mansão da família Costa Pinto, que o colecionador não chegou a ver concluída.

Museu de Arte da Bahia – Instalado numa mansão de um grande negociante de escravos do século XIX, o Museu de Arte da Bahia reúne em seu acervo coleções de objetos adquiridos em leilões ou compradas diretamente de espólios de tradicionais famílias baianas. Nele, destacam-se a porta em madeira original de um casarão do Centro Histórico, os painéis de azulejos importados da Europa e a pinacoteca, com obras de mestres da pintura baiana.

Museu Geológico – Este museu é um verdadeiro centro de estudos da geologia do território baiano e apresenta exemplares de rochas minerais e pedras preciosas.

Campo Grande – Esta área foi desmatada no século XVII e nivelada no século XVIII para treinamento militar dos soldados do Forte de São Pedro. Oficialmente chamada de Praça Dois de Julho, o Campo Grande transformou-se num jardim em 1851 e ganhou, no final do século XIX, um monumento central em homenagem à Guerra da Independência da Bahia – o dia 2 de Julho, aliás, é a maior data cívica da Bahia, sendo comemorada com desfiles militares e de entidades educacionais. No Campo Grande, destacam-se, ainda, os edifícios Casa do Arcebispo, de inspiração inglesa do século XIX, o Grande Hotel a Bahia, de meados do século XX e recuperado há poucos anos. Mais adiante esta o Forte de São Pedro, um baluarte da defesa por terra da cidade dos inimigos que desembarcassem no Porto da Barra.








Casa do Arcebispo – A residência de um próspero negociante do século XIX foi adquirida pela Arquidiocese de Salvador para ser a residência do arcebispo primaz do Brasil.

Grande Hotel da Bahia – Erguido em meados do século XX, foi o primeiro grande hotel com concepção moderna da cidade, estando em funcionamento até os dias de hoje.

Teatro Castro Alves – Um dos mais modernos teatros do País, foi construído em 1958 e sofreu um incêndio dias antes de sua inauguração. Sua recuperação foi concluída em 1967; vinte e nove anos depois, o teatro passou por uma reforma completa e ganhou os mais modernos equipamentos cênicos.

Forte de São Pedro – Levantado no início do século XVII no ligar escolhido pelos holandeses para a implantação de uma fortificação, este edifício militar tem forma de polígono quadrangular e possui baluartes nos quatro ângulos desenvolvidos segundo os princípios de Vauban. Tomado pelos brasileiros na Guerra da Independência, em 1822, o forte serviu como quartel general da Revolta da Sabinada, entre 1837 e 1838.

Praça da Piedade – O terreno situado em frente a Igreja de Nossa Senhora da Piedade teve muitos uso desde o século XVIII, quando o templo foi construído. Lugar de manobras militares e de execução de condenados políticos – entre eles as quatro mártires da Inconfidência Baiana, em 1799 -, o Largo da Piedade foi transformado em jardim no final do século XIX e reconstruído cem anos depois em homenagem aos mártires inconfidentes. Na praça, merecem destaque construções como o antigo Palácio do Senado da Província da Bahia , a sede do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, o Gabinete Português de Leitura, inspirado no estilo manuelino, a Igreja de São Pedro e o gradil da praça, criado pelo artista plástico Caribé.

Largo do Relógio de São Pedro – A área foi ocupada até o início do século XX pela antiga Igreja de São Pedro, demolida para a abertura da avenida Sete de Setembro em 1912. O Relógio de São Pedro, importado da França, é uma referencia de horário para os que passam pelo local.

Largo de São Bento – No lugar escolhido pelos monges beneditinos que chegaram com Tomé de Souza em 1549, foram erguidos a Igreja de São Sebastião e o Mosteiro de São Bento.

Igreja de São Sebastião e o Mosteiro de São Bento – Este conjunto religioso, um dos mais imponentes da cidade – cujo terreno foi herança deixada pela família de Diogo e Catarina Álvares, o primeiro casal brasileiro, para a Ordem Beneditina -, foi iniciado em 1589 e ainda se encontra inacabado. O mosteiro, em três pavimentos ao redor de um pátio, abriga uma biblioteca com 35 mil volumes e um museu com objetos de ordem.

Praça Castro Alves – A área surgiu do aterro de um grande charco que cercava a cidade e foi erguida pelo fundador Tomé de Souza. Serviu como praça do pelourinho, onde eram castigados os que infringiam a Lei Municipal. No seu centro, localizavam-se as Portas de Santa Luzia, que faziam parte da primeira muralha da cidade. O nome Castro Alves foi dado à praça no início do século XX em homenagem ao “Poeta dos Escravos”, que declamou seus versos no Teatro São João que aí existia. No monumento que ocupa a parte central da praça está a estátua de Castro Alves e uma urna com os seus restos mortais.

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