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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Igreja Nsa.Sra.Rosário dos Pretos

Situa-se a igreja na antiga Rua das Portas do Carmo numa praça de forma triangular, surgida com a demolição do cavaleiro e da porta que servia de defesa à cidade.
O largo do Pelourinho, com seus sobrados do século XIX, é um dos mais interessantes espaços urbanísticos de Salvador.
A praça integra o sítio tombado pelo IPHAN (GP-1), que compreende áreas dos sub-distritos da Sé e Passo.
Sede da Irmandade de N.S. do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho ou de N.S. do Rosário das Portas do Carmo. Foi construída pelos irmãos, em suas horas vagas, ao longo de quase um século.
Igreja com corredores laterais, apresentando no fundo um pátio.
Possui oratório situado ao lado direito e no mesmo plano da fachada que se abre para a rua, como nas igrejas do Boqueirão e Santo Antônio Além do Carmo.
As terminações da torre são em bulbo, revestidas de azulejos.
No seu interior existem azulejos com cenas relativas à devoção ao Rosário de Lisboa,1790.
O retábulo do altar-mor é de João Simões F. de Souza (1870/71) e a pintura do teto é de José Pinto Lima (1870/71).
Dentre a imaginária, destacam-se N.S. do Rosário (séc. XVII), já venerada na antiga Sé, S. Benedito, Santo Antônio de Catigerona e Crucificado de marfim.
A planta original desta igreja, iniciada em 1704, parece não ter previsto corredores laterais, senão duas estreitas passagens laterais à capela-mor, ligando a nave com a sacristia transversal. Este partido foi muito adotado nas igrejas franciscanas do Nordeste e pelos arquitetos mineiros, provavelmente inspirados na igreja de S. Paulo de Braga (Portugal).
Em Salvador existe um outro exemplo deste partido na igreja de N.S. do Pilar.
Os corredores laterais, tribunas, atual fachada e torres, só seriam executados em 1780/81. Desta maneira, os corredores laterais se tornavam, de certo modo desnecessários, pois não conduzem à sacristia, mas sim ao quintal.
A igreja da Ordem Terceira de S. Francisco apresenta uma planta híbrida do mesmo tipo. Sua fachada se mantém fiel ao modelo baiano tradicional, que tem sua origem na Matriz de Maragogipe. Contudo, a terminação piramidal primitiva das torres transforma-se em bulbo de muitos ressaltos e o frontão clássico é substituído por outro rococó do tipo do seminário de Belém da Cachoeira.
O interior apresenta púlpitos de influência rococó e altares neo-clássicos (1870).
Histórico arquitetônico:
A Irmandade de N.S. do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho foi uma das primeiras confrarias de negros criada no Brasil e funcionou inicialmente, na antiga Sé;

Histórico:

1685 - A Irmandade foi erigida e aprovado seu compromisso pela Sé Catedral da Bahia;
1704 - O Arcebispo D. Sebastião Monteiro da Vide concede autorização para construir a igreja; 1710 - Já se celebravam atos religiosos;
1718 - Começa a funcionar na igreja a Freguesia do Passo, desmembrada da Sé. A Irmandade do SS. Sacramento do Passo tenta apossar-se da igreja, mas os pretos apelam para o rei e a sentença lhes é favorável, somente em 1736 decide-se construir a igreja do Passo;
1780/81 - Concluída a nova fachada, dois corredores laterais e as torres, pelo mestre Caetano José da Costa;
1796 - Iniciada a construção do consistório;
1815/26 - Aumentada a igreja e novas reformas;
1870/71 - Reforma radical da igreja e fatura de altares e do novo retábulo do altar-mor, pelo entalhador João Simões F. de Souza, com pintura de José Pinto Lima dos Reis, que também pintou o teto da nave;
1872 - Transformação da Casa da Mesa em Casa Forte e demolição do cemitério da Irmandade;
1873/75 - Abertas duas novas portas na fachada;
1894 - executado forro do salão da Casa da Mesa, e altar na sacristia;
1895 - Vitoriano Eduardo de Oliveira conclui o douramento da igreja.

Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.





Nos fundos da igreja existe um antigo cemitério de escravos. Preservando sua história ligada aos negros, a liturgia dos cultos faz uso de música inspirada nos terreiros de Candomblé.
Nas datas comemorativas de Santa Bárbara e Iansã a igreja é o ponto central dos festejos.

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