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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Feira de São Joaquim

A Feira de São Joaquim preza por ser um local de comércio da Cidade de Salvador que consegue reunir, em um espaço de 60 mil metros quadrados, os mais variados produtos, iguarias e especiarias ligadas à cultura popular, predominantemente negra.



Na Feira de São Joaquim, pode-se encontrar, não só os produtos alimentícios, como produtos decorativos, para vestuário e religiosos.
A área foi doada pela prefeitura e pelo estado aos feirantes da extinta Feira de Água de Meninos, devido ao fogo que a destruiu em 1964.
A Feira de São Joaquim cumpre o papel de entreposto de mercadorias vindas do Recôncavo, como: frutas, verduras, carne, artesanato.

A Feira de São Joaquim é pop. Velha conhecida dos moradores da Cidade Baixa, a antiga feira de Água de Meninos tem se tornado um dos mais importantes pontos turísticos alternativos de Salvador.
A feira se espalha por dez quadras, em 22 ruas, um espaço de mais de 60 mil metros quadrados. São 7.500 feirantes em mais de quatro mil boxes, que vendem alimentos típicos (rapadura, camarão-seco, tapioca), temperos, artigos religiosos - principalmente de candomblé -, artesanato de palha e cerâmica, frutas, verduras, legumes, carne, peixe e até animais vivos, trazidos de diversas partes do Recôncavo Baiano.



Fundada há 41 anos, a feira de São Joaquim está em pleno processo de obtenção do título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, conferido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
E não é para menos. Nas ruas com nomes como rua do coco, da farinha, das cerâmicas, o porto da cana e o largo do quiabo, os visitantes encontram de tudo, desde os produtos de primeira necessidade até as receitas para tirar mau-olhado, limpeza de casa, atrair um amor, contra inveja, ganhar dinheiro, prender homem mulherengo ou manter potência sexual.
"Mas os turistas gostam mesmo é de tirar fotos", segundo o feirante Dinei, 40 anos, que trabalha na feira há 27. “Eles vem fotografar e depois fazem os pôsteres, comprar que é bom, nada.”, reclama.
Dinei se refere à exposição Lá e Cá, do fotógrafo Sérgio Guerra, montada dentro da feira. Foram 438 fotos, mostrando a semelhança entre a Feira de São Joaquim e o Mercado São Paulo em Luanda (Angola), que estiveram expostas dentro de barracas e ao lado das ruas em outdoors durante cerca de dois meses, de janeiro a março de 2006.



“Depois da exposição veio muito mais gente, inclusive daqui de Salvador mesmo. Muito mais turistas apareceram pra conhecer a feira e comprar bolsa, chapéu, pedra”, declara Roseane, 19 anos, atendente do Box Nau – Artesanato em geral, há dois anos.
Outro atrativo para os turistas foi o filme Cidade Baixa, primeiro longa-metragem do cineasta Sérgio Rezende, cuja história era ambientada também na feira de São Joaquim.
As filmagens não interferiram nas atividades da Feira, mas o sucesso do filme, sim. “Vem mais gente procurando saber onde foi o filme, agora”, afirma Seu José, vendedor de sandálias na feira. “O pessoal do Rio de Janeiro veio depois e exibiu o filme pra nós aqui, num caminhão”, revela.
Mesmo com toda essa fama recém-conquistada, São Joaquim, como toda feira popular, tem seus problemas.
Enquanto aguarda o título do Iphan, a feira é alvo de um plano emergencial de reordenamento, elaborado pela Prefeitura Municipal de Salvador.
O plano pretende requalificar a Feira de São Joaquim, melhorando a salubridade, higienização e acessibilidade, respeitando suas características históricas e culturais de feira livre.



Algumas das ações planejadas para serem executadas até 31 de dezembro próximo, já estão em andamento ou concluídas, como a recente desratização promovida pelo Centro de Controle de Zoonoses (da Secretaria Municipal da Saúde) e mutirão de limpeza feito pela Limpurb (órgão de limpeza urbana).
Com ajuda ou sem ajuda, a Feira de São Joaquim continua gerando renda para mais de 40 mil pessoas e sendo considerado o ponto alto da visita de qualquer turista que quer conhecer a Bahia não tão limpa ou conservada, mas ainda autêntica e colorida.

                     



O ideal é reservar um bom tempo para visitá-la, pois são inevitáveis as paradas e os longos papos com os feirantes e até mesmo com outras pessoas, que circulam pelas ruelas de São Joaquim, popularmente decoradas com todo tipo de penduricalhos.

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