Serviços

Organizamos o roteiro desejado, providenciando:
Traslado até o local (ida e volta).
Informações sobre o local.
Levantamento de preços e horários disponíveis.
Tours fotográficos por ruas, prédios históricos, praias, cidades próximas, feiras e áreas de interesses.
Passeios individuais ou com grupos.
Envie-nos um e-mail e verifique a disponibilidade. waltsonraylan@globo.com




quarta-feira, 21 de maio de 2008

Mário Cravo Júnior

Escultor, gravador, desenhista e professor, Mário Cravo Júnior nasceu em 13 de abril de 1923, em Salvador (Bahia).

Filho de Mário da Silva Cravo e Marina Jorge Cravo.
Formou-se na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, em 1954.
Desde o curso ginasial destacou-se em desenho.
Trabalhou no atêlier do santeiro Pedro Ferreira e em 1945 casa-se com Lúcia.
Em seguida viajou para o Rio de Janeiro onde estagiou no atelier do escultor Humberto Cozzo.
Em 1947 acontece a sua primeira exposição individual, com esculturas e gravuras, no edifício Oceania em Salvador.
No mesmo ano, foi para a Universidade de Siracuse nos Estados estudar escultura, como aluno especial.
Após a conclusão do semestre mudou-se para Nova York e instalou seu atêlier em Greenwich Village, realizando uma exposição individual na Norlyst Gallery.
Nesse período conhece e torna-se amigo do maestro Villa Lobos, executando sua cabeça em bronze.
Em 1949, retorna à Salvador, instala seu atêlier-oficina, onde é impulsionado o movimento de arte moderna na Bahia.
Fez parte do grupo de jovens artistas Carlos Bastos, Genaro de Carvalho, Carybé, Jenner Augusto e Rubens Valentin.
Neste período trabalha intensamente em madeira, pedra, metais ferrosos e não ferrosos, martelados e em fusão, com o uso de instrumental de uma nova tecnologia no tratamento com os metais, tais como a solda oxi-acetilénica e elétrica.

Sua temática gravita desde o universo vegetal ao estudo de movimento de lutas e danças populares e regionais, e a sua atenção é voltada para o aproveitamento de formas naturais.
A partir de 1950, tem seu atelier na Rua Garibaldi, 556, Rio Vermelho.
Nesse período iniciou uma pesquisa e um estudo das fontes de arte popular e erudita.
Em 1955 recebeu o prêmio de aquisição jovens escultores na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil.
Defendeu uma tese e tornou-se docente livre da cadeira de gravura.
Como catedrático interino, ensinou gravura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, e passou a expor suas esculturas nas principais capitais do país.
No ano de 1955 realizou, em Salvador, sua primeira grande exposição ao ar livre com esculturas em madeira e pedra sabão.
Em 1958, fez exposição com esculturas em ferro, na capital baiana, e em 1959, na Praça da República, em São Paulo.
Em 1960 executou uma série de trabalhos inspirados no tema "Alados" e representou a escultura brasileira na XXX Bienalle Intenazionale D’Arte Venezia.
Dois anos após é realizada uma exposição marcante de sua obra no Museu de Arte Moderna da Bahia.
Em 1964 foi para a Alemanha participar do Programa "Artists in Residence". Permaneceu em Berlim um ano e meio, realizando várias exposições. A convite do Departamento de Estado Norte-Americano seguiu para os Estados Unidos, onde durante meio ano visita e fez palestras em doze universidades e realizou três exposições individuais.
Em 1972 executou para a Prefeitura do Salvador uma escultura - fonte luminosa - na Praça Cairú intitulada "Fonte da Rampa do Mercado", em fibra de vidro com estrutura metálica.


Construiu sua residência e atelier no bairro da Federação em Salvador, onde concentrou esculturas nas técnicas de resinas poliéster e plásticos reforçados.
De 1973 à 1980, retornou à técnica do Metal Batido, executando trabalhos de médio e grande porte para entidades privadas, municipais e estaduais.
Realizou a mostra "Cravo 80" no Farol da Barra.
Executou várias esculturas para bancos e agências bancárias e uma escultura monumental para o COPEC - Complexo Petroquímico de Camaçari.
Participou com esculturas de sua autoria nos parques de esculturas ao ar livre do Rio de Janeiro - Parque das Catacumbas e em São Paulo, na Praça da Sé e dedicou uma especial atenção ao relacionamento da Escultura com Arquitetura e Paisagismo.

Foi também nesse período que realizou elementos escultóricos em concreto para a Barragem Pedra do Cavalo (Cachoeira/Bahia), e o Memorial à Clériston Andrade, em Salvador.
Colaborou com Mario Cravo Neto na realização do Livro "Cravo".
Entre 1980 e 1983 construiu o "Cristo Crucificado" de 15 m de altura e 12 m de largura para a cidade de Vitória da Conquista (Bahia).




Por volta de 1986, participou pela quarta vez do Comitê Internacional de Jerusalém e realizou uma exposição individual de desenhos em Zurique, na Suíça.
A partir de 1994 criou o "Espaço Cravo", um parque de escultura ao ar livre no qual vem se dedicando à construção de esculturas de grande porte, estáveis, móveis e sonoras, assim como, desenvolvendo experiências no campo da Computação Plástica.
No ano de 1996 executou Escultura de grande porte em inox (luminária) para o Parque do Museu de Arte Moderna do Solar do Unhão.
Em 1998 realizou uma ampla exposição no Museu de Arte Moderna da Bahia, intitulada "Formas e Mitos", onde apresentou esculturas de grande porte no jardim externo, e no edifício principal pinturas, esculturas de médio porte e computação plástica.
Participa na exposição virtual de âmbito nacional "II Eletromídia de Arte", juntamente com outros artistas.
Ainda em 1998, a Secretaria de Planejamento (SEPLANTEC) editou um catálogo de autoria de Mario Cravo Neto, para o Espaço Cravo.


Fontes:Cravo, Mário. O desafio da escultura: a arte moderna na Bahia, 1940-1986. Salvador: O Mar G., 2001.
Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos. Ministério da Educação e Cultura, Instituto Nacional do Livro Brasileiro, 1973.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário, retornaremos em breve.