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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Monumento 2 de Julho

Autor: Comendador Carlo Nicol
Época: 02 de julho de 1895 (inauguração)
Origem: Carrara - Itália
Localização: Avenida 7 de Setembro - Largo do Campo Grande

Dados Técnicos:
Material: Bronze e Pedestal em Mármore de Carrara
Técnica: Fundição e Placas de Mármore de Carrara
Dimensões: Altura = 25,86m








O majestoso Monumento, erigido em homenagem à independência da Bahia, localiza-se no Largo do Campo Grande e tem como símbolo principal "O Caboclo", que representa um ato de afirmação de identidade, nacionalidade e liberdade.
Compõe o Monumento um pedestal de mármore de Carrara, formado por dois corpos e escadarias do mesmo material. Assentado sobre o pedestal, ergue-se uma elegante coluna de bronze, da ordem corinthya, encimada garbosamente pela figura de um índio armado de arco e flecha, simbolizando o Brasil.
Medindo exatos vinte e cinco metros e oitenta e seis centímetros, o Monumento ostenta alegorias, símbolos e quadros que representam batalhas campais, nomes dos heróis que trabalharam em prol de nossa emancipação, os principais rios da Bahia: "o São Francisco" e "o Paraguaçu" - " a Cachoeira de Paulo Afonso" e outras tantas representações.
O Monumento possui, em seu perímetro, um passeio de mármore de Carrara formado por mosaicos em variadas cores, fechado por um gradil de ferro fundido, onde figuram, em baixo relevo, as armas da República e da Cidade.
Um segundo passeio, com orla de cantaria e mosaicos em mármore preto, cinza e branco circula o anterior, onde foram montados oito bem trabalhados candelabros em ferro fundido, com sete metros de altura, encimados por quatro grandes globos redondos.



Referência Histórica:O monumento comemora a entrada do exército pacificador em Salvador em 2 de julho de 1823.
Foi levantado por uma comissão com auxílio do Governo do Estado da Bahia e da Câmara Municipal de Salvador.
O engenheiro Alexandre Freire Maia Bittencourt responsável pela obra publicou e distribuiu no dia da inauguração um folheto descritivo do monumento que dizia:
Compõe-se o referido monumento “de elegante coluna de bronze, da ordem Corynthia, com onze metros e quarenta e seis centímetros, assentada sobre pedestal de mármore de Carrara, composto de dois corpos, sobre posto um ao outro, tendo o superior de altura três metros e quarenta centímetros, e o inferior quatro metros e dois centímetros, o qual se apóia em um plano onde partem para os quatro lados escadarias do mesmo mármore, formadas de sete degraus com trinta centímetro de altura e cinqüenta de passo, cada um.
Em cima da coluna, ostenta-se, garbosamente a figura de um índio, com 4 metros e 11 centímetros de altura, armado de arco e flecha, simbolizando o Brasil, na altitude de desferir tremendos golpes sobre a serpente, aludida ao governo da Metrópole, a qual procura esmagar debaixo dos pés.

O capitel da coluna é constituído de folhagens de carvalho e louro com ornatos alegórico, tudo de bronze dourado, com um metro e sessenta e cinco centímetros.
O fuste e a base da coluna medem 9 metros e 80 centímetros, tendo o primeiro terço inferior octogonal, em que se destacam quatro grinaldas, de louro de carvalho, douradas e suspensas por botões metálicos, com inscrições para lembrar aos nossos posteros, as seguintes datas:
Na frente:
Entrada das tropas libertadoras, 2 de Julho de 1823.
No fundo:Reuniões das côrtes, 26 de Agosto de 1821.
Ao lado direito:Batalha contra a frota luzitana, 4 de Maio de 1823.
Ao lado esquerdo:Organização da Junta na Cachoeira, 26 de Junho de 1822.

Os dois terços da coluna são estriados, tendo de espaço em espaço, faixas, nos quais estão burilados os nomes daqueles que, com tanto e tamanho heroísmo, bravura e abnegação souberam trabalhar em prol da nossa emancipação, como fossem:
Borges de Barros, Lino Coutinho, Cypriano Barata, Gomes Ferrão Pedro Bandeira, Montezuma, Visconde de Pirajá, Carneiro de Campos, Garcia Pacheco, Rodrigo Brandão, Siqueira Bulcão, Pereira Rebouças, Brigadeiro Manoel Pedro, General Pedro Labatut, Tenente Coronel Souza Lima, Coronel Lima e Silva, Major Silva Castro, Coronel Luiz Lopes, Tenente José Pinheiro de Lemos, Tenente Jacome Dorea, Tenente Silva Lisboa, Capitão Cypriano Siqueira e Almirante Cochrane.

Entre essa parte da coluna e o capitel notam-se festões dourados.
O pedestal superior de mármore, em forma quadrangular, tem, no meio da face da frente, as armas da República e sobre elas o lema da democracia:
Liberdade, igualdade e fraternidade,Na face oposta, as armas ou divisa da cidade, com a inscrição apropriada:
Sic illa ad arcam reversa estDo lado direito, encostada ao pedestal, figura no (...) a estátua de uma mulher de colo ereto envolvida numa bandeira empunhada com vigor, que representa a Bahia, proclamando a sua liberdade.
Do lado oposto, uma estátua com cabelos soltos, coroa de louro e braços de mulher varonil, figura Catharina Paraguassú, tendo em uma das mãos uma arma em posição defesa e na outra um escudo, em que está gravado, com letras de ouro, aquelas memoráveis palavras pronunciadas nas margens de Ypiranga: Independência ou morte.



O pedestal inferior, ainda de forma quadrangular, e em maiores proporções, tem, es escudos de bronze e letras douradas, épocas que rememoram glórias para a primogênita do Brasil:

Chegada de Cabral a Porto Seguro, 22 de Abril de 1500
Fundação da Bahia, 6 de Agosto de 1549
Proclamação da Independência, 7 de Setembro de 1822
Entrada do Exército Libertador, 2 de Julho de 1823

Sobre essas colunas elevam-se troféus de armas e objetos indígenas, artisticamente combinados.
Nas almofadas da frente e fundo desse pedestal, existem quadros de bronze, em relevo, onde o artista, com perícia e arte, soube mostrar os atos de heroísmo praticados pelos itaparicanos na tomada da barca lusitana em 7 de janeiro de 1823 e, noutro, o denoto dos cachoeiranos em 25 de junho de 1822; figurando aqui, uma barca no rio Paraguassú, que é invadida por pessoas armadas de pedras e cacetes, que se apoderam da mesma; e ali, outra barca defronte do forte de São Lourenço, em Itaparica, para onde sobrem muitos abordantes, compostos de soldados e gente do povo.
Nas outras duas almofadas, lêem-se inscrições, a primeira das quais é como se segue:
Anno 1895
Aos heróes da Independência
A Pátria agradecida

No plano de que se partem as escadarias, observam-se, em socos de 0,m30 de alto na frente e no fundo, grandes águias com asas abertas, pousando esta sobre canhões, âncora, estandarte da Metrópole, com um escudo circulando de uma grinalda de folhas de café, com a data de 25 de junho de 1822, e aquela sobra a proa de uma barca em destroços, mastros, leme, cabos, machadinhas, etc, com a data de 7 de janeiro de 1823 escrita numa fita ornamentada de ramo de café, corresponde a elas os quadros acima descritos.



Fonte:
Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, nº. 59, 1933.

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