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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Lavagem de Itapuã

Este é um momento especial para o bairro. Fanfarras passam pelas ruas, os mais animados já arriscam os primeiros passos de danças de carnaval, e, em frente à Igreja da Nossa Senhora da Conceição, as baianas lavam as escadarias e o batente do templo.
As portas da Igreja ficam fechadas, enquanto os adeptos da fé sincrética fazem uma verdadeira faxina na entrada do prédio, na verdade, uma faxina espiritual.
Não muito longe dali, há uma extensa fila de trios elétricos, que começam a passar o som. Isso já constitui um show à parte.
Muita gente fica olhando as carretas, esperando ver um artista ou banda famosos. A festividade teve início há cerca de 100 anos. Nasceu de uma homenagem anual que os pescadores faziam a Yemanjá, divindade de origem ketu sincretizada com Nossa Senhora da Conceição.
A partir da década de 50, a festa começou a ser influenciada pelo carnaval, algo que a fez sobreviver até os dias de hoje, como uma data festiva que mora no limbo entre o sagrado e o profano.
A festa, como o carnaval, não tem data certa para acontecer, varia em função do calendário religioso, mas ocorre sempre nas primeiras semanas do ano, antes da folia momesca.

FESTA DE ITAPUÃ

Duas horas da manhã. Nas ruas de Itapuã o Bando Anunciador inicia o ritual de despertar os moradores do bairro ao som das violas, banjos, cavaquinhos, bandolins e maracas.
É o início da Lavagem de Itapuã. Uma multidão vai se formando até que, às cinco horas, uma alvorada de fogos anuncia o nascer do sol e a pré-lavagem da escadaria da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã pelos nativos do bairro.
Esta lavagem inicial foi introduzida na festa a partir de um sonho da já falecida moradora do bairro Dona Niçu. Ela introduziu também o seu tradicional café da manhã servido a todos os participantes da festa, tradição seguida por seus filhos mesmo após a sua morte.
Durante a manhã os rituais religiosos acontecem simultaneamente ao desfile de blocos de chão como “As Donzelas”, “Galera do Mar” e o “Male de Balê”.
As ruas são tomadas por baianas, pescadores, ciclistas, capoeiristas e cavaleiros.
Ao meio dia acontece a lavagem oficial das escadarias.
Durante a tarde a festa costuma ferver debaixo de um sol de verão e ao som de trios elétricos que fazem a alegria da população até a noite.
Como em todas as festas populares de Salvador, as ruas são tomadas por barracas de comidas e bebidas que abastecem o corpo dos foliões, já que o espírito está alimentado com muita alegria e devoção a Nossa Senhora da Conceição e Iemanjá.

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