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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Igreja Nsa.Sra. da Penha

IGREJA MATRIZ DE N. S. DA PENHA E PALÁCIO DE VERÃO DO ARCEBISPO

O conjunto localiza-se à beira-mar, no extremo da península de Itapagipe.
Sua ambiência é formada pela praia, casas de aspecto simples, em sua maioria residenciais, e frondosos tamarindeiros. Notável implantação paisagística.
Conjunto de notável mérito arquitetônico formado pelo Palácio de Verão do Arcebispo e sua capela, ligados por uma "loggia" com galeria superposta.
O pequeno ângulo formado pelos dois edifícios dá maior movimento à composição.
O palácio se estrutura em torno de um saguão central, para onde convergem os demais cômodos. A nave possui tetos com painéis pintados, de autoria desconhecida. Existem restos quebrados de azulejos de vários padrões polícromos revestindo a terminação da torre, e um curioso mosaico de pedaços de azulejo cobrindo o frontão do corpo central, realizado tardiamente de pouca significação. Dentre a imaginária destaca-se: Santa Ana, São Joaquim, N. S. do Parto (séc. XVIII) e uma efígie de Bom Jesus da Pedra, pintura original da imaginária lusitana. Destaca-se entre as alfaias: custódia de pedra com raios dourados, cálice e patena que pertenceram ao Arcebispo D. Romualdo de Seixas e castiçais de prata.
Igreja com corredores laterais do tipo das matrizes e igrejas de irmandade no início do séc. XVIII, embora, neste caso, sem tribunas. A igreja foi reformada no final do século passado, sendo, provavelmente desta época, o segundo pavimento criado sobre as dependências do fundo, que não se integra à volumetria da mesma. A fachada apresenta uma só torre terminada em pêra embrechada de pedaços de azulejos repousando sobre arquivoltas, um desenvolvimento dos frontões curvos da torre da Matriz do Passo. A mesma terminação é vista na igreja da Saúde. Esta terminação de torre, se for anterior ao séc. XIX, é excepcional, pois só naquele século se tornou comum.
O corpo principal da fachada apresenta frontão rococó de época tardia, semelhante ao da igreja do Seminário de Belém da Cachoeira. No interior existem três altares barrocos.
O da capela-mor segue a linha da Conceição da Praia e Santa Casa de Misericórdia. O teto da nave, de autor desconhecido, é do tipo que prevaleceu nas igrejas brasileiras até o começo do séc. XVIII, isto é, caixotões com painéis pintados, no caso, alusivos aos quatro Evangelistas. O desenho do forro é semelhante ao das igrejas da Ordem 3ª de São Francisco e convento do Desterro.

Histórico arquitetônico:

1742 - A igreja de N. S. da Penha de França e Senhor da Pedra de Itapagipe foi, segundo a tradição construída nesse ano pelo Arcebispo D. José Botelho de Mattos, como capela privada de seu palácio de verão;
1759/60 - Cria-se a freguesia de N. S. da Penha, sendo 1º vigário o Pe. Manoel Azevedo, da Ordem de São Pedro. A igreja é elevada à categoria de matriz;
1767 - Morre e é enterrado na capela D. José Botelho de Mattos. O Arcebispo lega, por testamento a igreja e palácio à Paróquia, com obrigações que esta recusa. O palácio que deveria ser incorporado ao patrimônio da coroa é doado, por ordem real, aos Arcebispos, como casa de repouso;
1813 - A partir desse ano até 1966 o palácio foi ocupado por diferentes corporações monásticas, como as irmãs do Bom Pastor, Sacramentinas, Franciscanas da Imaculada Conceição e Ordem das Carmelitas Descalças;
1870 A igreja sofre reforma. São abertas duas portas na fachada, substituindo dois óculos existentes;
1959 - Tendo ficado interditada durante o 2º quartel deste século para recuperação de todo o telhado, foi neste ano reaberta ao culto. Nesta oportunidade foi feita a restauração interna e colocada lápide de mármore comemorativa.

Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

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