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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Igreja Nsa. Sra. do Pilar


MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO PILAR E CEMITÉRIO ANEXO

Situa-se a igreja na parte baixa da cidade, próxima ao porto, no sopé da Montanha que divide a cidade em dois níveis. Na vizinhança da igreja estão situados grandes armazéns e sobrados convertidos em pardieiros.
A igreja integra a zona de preservação rigorosa (GP-1) estabelecida pela Lei Municipal nº. 2.403 de 23.08.1972 e a encosta da Montanha é considerada área "non aedificandi" pelo Decreto Municipal nº. 4.524 de 01.11.1973.
A igreja é precedida de um amplo adro, à direita do qual se encontra, em cota mais elevada, o cemitério da Irmandade de feição neoclássica.
Portal e cercaduras de janelas da igreja são de lioz talhados em Lisboa. O teto da nave foi pintado por José Teófilo de Jesus (1837). Existem azulejos do período 1750/60 de diferentes oficinas portuguesas. Os painéis de azulejos da nave são atribuídos à oficina do Juncal; os da capela-mor possuem cercadura rococó e fundo marmoreado azul. Existem ainda azulejos nos corredores laterais à capela-mor e na sacristia também de gosto rococó.
Dentre a imaginária, destaca-se a imagem de Santa Luzia, do séc. XVIII. A igreja é rica em alfaias, possuindo coroa com 140 brilhantes, diadema de ouro proveniente do Porto, além de custódias e cálices.
Esta é uma das raras igrejas baianas a apresentar um alongamento da planta, que foi a preocupação dos arquitetos mineiros, possivelmente inspirados na igreja de S. Paulo de Braga (Portugal) do final do séc. XVII. Os corredores laterais foram suprimidos ao longo da nave e reduzidos a estreitas ligações ao longo da capela-mor que conduzem à sacristia transversal.
Esta disposição é adotada também nas igrejas dos conventos franciscanos do Nordeste.
Sua fachada (1770) apresenta portas e janelas coroadas por frontões retilíneos e curvilíneos sem entablamento, executados em lioz de Lisboa, onde começava a florescer o espírito arquitetural que conduziria ao neoclássico. Esta tendência, também notada em outras igrejas do mesmo período, como Conceição e Santana, não vingaria na Bahia, a não ser no século seguinte, na decoração interior.
O frontão do corpo principal apresenta um tratamento rococó dos mais requintados e comprova a não aceitação na Bahia dos modelos que empolgavam Lisboa na época. A terminação da torre se assemelha às coberturas à Mansard, também notadas nas igrejas do convento do Carmo e Santana.
O cemitério sob a influência do neoclássico tomou a forma de um monumental pórtico eneástilo.

Histórico arquitetônico

Frei Agostinho de Santa Maria informa que os fundadores da igreja foram Pe. Pascoal Duram de Carvalho, João Heitor e Manoel Gomes;
1718 - A Irmandade foi instituída e teve aprovação do seu compromisso em 1719;
1739 - Contribuição real para a edificação da capela-mor. Bazin acredita que a igreja tivesse sido iniciada nesse ano;
1756 - Decisão municipal autoriza desmontar encosta para construção do adro da igreja;
1770 - Execução do frontispício, segundo documento da Santa Casa de Misericórdia, citado por Bazin;
1796 - José Joaquim da Rocha faz o douramento e pintura da sacristia e seis painéis;
1798 - Fatura da cornija;
1799 - Encomenda a Felipe Ribeiro Filgueiras pedra do Reino para lajear a igreja e soleira das portas. Edificação do cemitério;
1834 - executados 8 painéis e douramento da talha por José Teófilo de Jesus;
1837 - Pintura do forro por José Teófilo de Jesus;
1838/39 - Encomendados a Joaquim Francisco de Mattos 4 altares da nave, 6 tribunas, 2 púlpitos, talha do coro, portas, molduras para painéis e obras do batistério;
1843 - Desabamento de terra arruina o consistório e retarda douramento da talha;
1848 - Douramento das novas talhas por Manoel Joaquim Lino; 1902 - Construção de dois novos altares laterais em gesso; 1903 - Substituição das grades de madeira do batistério por ferro.

Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

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