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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Igreja do Boqueirão

IGREJA DA ORDEM 3ª. DE N. S. DA CONCEIÇÃO DO BOQUEIRÃO.

Situa-se a igreja em Santo Antônio Além do Carmo, que é um dos mais homogêneos conjuntos do séc. XIX de Salvador, e integra o sítio tombado pelo IPHAN (GP-1), que compreende áreas dos sub-distritos da Sé e Passo.
Sua fachada está situada no eixo da ladeira do Boqueirão, guarnecida por sobrados de oitão, o que lhe proporciona um belo emolduramento.
A igreja foi construída sobre antiga trincheira no bordo da falha geológica que divide Salvador em dois níveis. Da sacristia e consistório desfruta-se belo panorama do porto e da baía. A encosta da Montanha é considerada zona de preservação integral (GP-1) pela Lei Municipal nº. 2.403 de 23.08.1972.
Edifício de notável mérito arquitetônico. Programa típico das sedes de Irmandade leigas: igreja, consistório, casa dos santos, catacumba, etc.
O edifício procura adptar-se à topografia local, com o aproveitamento de dois subsolos na parte posterior da igreja. Situado ao lado direito e no mesmo plano da fachada da igreja, existe um pequeno oratório que se abre diretamente sobre a rua, como nas igrejas do Rosário dos Pretos e Santo Antônio Além do Carmo. O frontão e torres são revestidos de azulejos brancos aplicados, provavelmente, no século passado.
Como obra de talha destacam-se: o altar-mor e os dois colaterais, grades do coro, púlpitos e tribunas. Possui teto pintado, de autor desconhecido, e rica coleção de alfaias, compreendendo custódias, castiçais e tocheiros. Dentre a imaginária são destaques: as imagens de N. S. das Dores, S. Tomaz, N. S. da Conceição e Santa Rita dos Impossíveis.
Na sacristia existe belo crucifixo e lavabo de mármore com delfins entrelaçados.
Uma das mais típicas igrejas baianas do começo do século XVIII, tanto em planta quanto em elevação. Coro, tribunas e consistório superpostos respectivamente à nave, corredores laterais e sacristia transversal. Sob a sacristia existem dois subsolos em arcada. O primeiro era, originalmente, desocupado e é usado hoje como habitação do vigia; o mais profundo foi transformado, no séc. XIX, em catacumba. Esta solução de superposição do consistório sobre a sacristia e desta sobre o ossuário é encontrada em outras igrejas baianas como Passo; O. 3ª. de S. Francisco e S. C. de Misericórdia.
Sua fachada, formada, por duas torres sineiras que enquadram o corpo central culminado por frontão, é comum a muitas igrejas baianas do mesmo período e deriva do tipo elaborado no século anterior, de que são mostras as matrizes de Maragogipe e S. Amaro de Ipitanga e igreja de S. Antônio da Barra.
Sua fachada, com torres terminadas em bulbo e frontão rococó revestidos de azulejos brancos, apresenta especial semelhança à igreja do Bonfim, embora mais elegante.
A decoração interna em talha dourada do começo do séc. XIX é neoclássica, e o forro da nave, atribuído a aluno de José Joaquim da Rocha foi concebido em perspectiva ilusionista barroca de inspiração italiana, introduzida aqui na metade do séc. XVIII.

Histórico arquitetônico:
1726 - A Irmandade de N. S. da Conceição dos H. Pardos, há muito instituída na M. de S. Antônio Além do Carmo, requer ao Vice-Rei Vasco F. César de Menezes a concessão das trincheiras do Boqueirão, para construir a sua capela;
1727 - Provisão eclesiástica de D. Luis A. de Figueiredo, datada de 08/III, autoriza a construção; 1728/36 - Embargadas as obras por Vicente e Antônio G. Correia, alegando compra aos primitivos proprietários da sesmaria, mas sai vitoriosa a Irmandade;
1750 - No prospecto da cidade, de J. A. Caldas vê-se a igreja com frontão clássico, sem corredores laterais e torres;
1772 - Medição das trincheiras transcrita por M. Morais, confirma as dimensões atuais da igreja; 1801 - Prospecto da cidade, de Vilhena, mostra a igreja em sua forma atual;
1836/37 - Obras das tribunas da capela-mor pelo entalhador Joaquim F. de Mattos e execução do arco cruzeiro e dois altares por Antônio de S. Santa Rosa;
1844 - Douramento da capela-mor;
1847 - A Irmandade é elevada à categoria de Confraria Professa e são executadas as novas grades do coro e tribunas por Cipriano F. de Souza;
1872 - Requerida e elevada à condição de V. O. 3ª. da Imaculada Conceição da Beata Maria Virgem do Boqueirão;
1884 - Aprovados os estatutos pelo Arc. D. Manoel dos Santos Pereira em 18/IX e pelo P. da Província Esperidião Eloy de Barros Pimentel em 28/X.

Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

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