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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Igreja de Santa Teresa

Igreja e Convento de Santa Teresa
O conjunto de meados do século XVII é considerado um dos mais importantes monumentos da arquitetura religiosa do período colonial brasileiro. Possui belos jardins, com visão panorâmica para a Baía de Todos os Santos, que fazem deste local um dos mais aprazíveis da Salvador histórica.

O prédio abriga o Museu de Arte Sacra, mantido pela Universidade Federal da Bahia, com cerca de 1.400 peças no acervo - entre imagens de madeira e terracota, esculturas, pinturas, painéis de azulejo, prataria e mobiliário -, datadas do século XVI a XIX.

Da imaginária do museu, destaca-se o São Pedro Arrependido, uma cópia do existente no Mosteiro de São Bento, A imagem de 67 centímetros mostra o arrependimento de Pedro por ter renegado Cristo. Entre as preciosidades, estão também um crucifixo de marfim de 1600 (peça indo-portuguesa), e um cálice-custódia, em prata fundida e cinzelada do século XVII.

Também pode ser vista a imagem de Nossa Senhora dos Milagres, peça de autor desconhecido, feita em barro cozido, com cobertura prateada do século XVII.
Segundo a lenda, foi aos pés dessa imagem que o Padre Vieira, teve um "estalo" de inteligência, tornando-se o maior orador sacro da Língua Portuguesa.

Localização - Rua do Sodré,276 - Centro

Mais informações

O convento situa-se a meia encosta da Montanha de Salvador. Envolvido por grande área ajardinada, o edifício integra o sítio do Sodré, tombado pelo IPHAN (GP-1).
Jardins e encosta são considerados áreas non aedificandi (GP-1) pelo Decreto Municipal nº 4.524 de 01.11.1973.
Edifício de elevado valor monumental, desenvolvendo em torno de um claustro quadrado.
No subsolo há uma galeria de captação, de água, objeto de lendas populares.
A igreja, precedida de uma galilé com coro superposto, possui nave em forma de cruz latina.
O altar-mor primitivo se perdeu e o atual, de prata, é proveniente da antiga Sé.
Existem altares barrocos seiscentista nas capelas laterais e dois neo-clássicos montados impropriamente nas paredes laterais do transepto. Interessante solução dos confessionários que possibilita acessos diferenciados para os fiéis e confessores.
Há azulejos do meado do século XVII na sacristia e escadas. Os demais painéis são de 1738.
O afresco da capela situada entre a igreja e o claustro é considerado o mais antigo do Brasil. Possui armário embutido em jacarandá (Séc. XVIII), arcaz em talha tremida de jacarandá (séc. XVII) e 16 pinturas sobre vinhático de procedência européia. A estas peças se somou o acervo do Museu, que é a maior coleção de arte sacra do país.
A igreja apresenta o plano típico da igreja jesuítica romana (Il Gesu), com transepto e nave de igual altura, cúpula no cruzamento e capelas inter-comunicantes. Este modelo só se difundiu tardiamente em Portugal, com a igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa) de Felippo Terzi.
A autoria da planta é atribuída a Frei Macário de S. João, autor de São Bento de Salvador, que apresenta grande semelhança.
A fachada possui galilé com três arcos que é típica das construções beneditinas e franciscanas.
O corpo central do frontão está ligado às alas laterais por duas enormes volutas.
O partido desta fachada é o mesmo da fachada original de Il Gesu, desenhada por Vignola (1569), e assemelha-se à de Sto. Ignácio de Roma, também inspirada em Vignola.
É um caso único de fachada de modelo romano antes do fim do séc. XVII no Brasil.
Para respeitar a integridade da fachada romana a torre foi substituída por uma "espadaña" montada sobre o muro lateral da nave, à semelhança de Trinidad de Salamanca, segundo Bazin. Robert Smith vê influência da igreja dos Remédios de Ávila, da mesma Ordem.
O pátio de entrada apresenta portal com decoração em trança, também encontrado no Seminário de S. Dâmaso, igreja da Misericórdia, Matriz de Maragogipe, e porta lateral da antiga Sé. Santa Teresa e S. Bento de Salvador são as únicas igrejas brasileiras do séc. XVII a apresentarem uma planta jesuítica romana.Santa Teresa teria influenciado a igreja de Sto. Antônio da Barra, que adotou em sua fachada os três arcos plenos da galilé da primeira.

Histórico arquitetônico
1665 - Um convento de carmelitas descalças é fundado na Bahia;
1666 - As obras são iniciadas pelo Pe. Frei José do Espírito Santo, com recursos de particulares e do poder público. No local havia uma igrejinha dedicada a Santa Teresa;
1668 - Foi dada a licença pelo Cabido para a construção, embora esta já estivesse adiantada; 1686 - Inauguração do convento em 14 de outubro;
1697 - Inauguração da igreja;
1837- Instalação do Seminário Arquiepiscopal no convento;
1858/61 - Construção do Seminário Menor, posteriormente demolido (1958);
1959 - Inaugurado a 10 de agosto o Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia.

Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

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