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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Praça da Sé

Local onde, a partir de 1553, foi erguida a velha Sé da Bahia, um dos mais suntuosos templos das Américas na época.
No século XVII, a igreja serviu como fortaleza contra os invasores holandeses e, em 1808, sediou o Te Deum em homenagem à chegada do rei D. João VI e da comitiva real a Salvador.
A igreja teve sua condição de Sé perdida para a Igreja do Salvador em 1765, mas sua importância histórica continuou até seus últimos dias.
Em 1933, a igreja foi demolida para dar lugar aos trilhos dos bondes da Companhia Linhas Circular de Carris da Bahia.
Com isso, a praça passou a abrigar os bondes e o Belvedere da Sé (instalações de lazer, cultura e turismo, com vista para a Baía de Todos os Santos).
Após a inauguração do Terminal da Lapa, em 1982, a praça degradou-se.
Dezessete anos depois, com um projeto do arquiteto Assis Reis, a praça ganha uma nova perspectiva de belvedere, o monumento à demolição da Sé – a Cruz Caída, de autoria de Mário Cravo -, o monumento a Tomé de Sousa, a restauração do monumento a D. Pero Fernandes Sardinha, iluminação cênica e sonorização.
Além disso, seguiu-se uma escavação arqueológica às fundações da Velha Sé, a qual resultou na criação de quatro sítios arqueológicos, cujo resgate de objetos e ossos está sendo conduzido por uma equipe do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA.

A IGREJA DA SÉ E O BAIRRO DE COSME DE FARIAS

"A igreja da Sé, ela foi demolida em 1933. Quando ela foi demolida, grandes protestos, grandes manifestações, mas não adiantou nada, não; botaram a igreja no chão.
E, por iniciativa do padre Manoel Barbosa, colocou-se um busto do primeiro bispo Dom Pero Fernandes Sardinha no sitio onde estava o altar-mor da igreja da Sé.
Não havia gratuidade na colocação daquele busto ali, não; o sitio estava no local onde a igreja da Sé tinha o seu altar-mor.
Quando fizeram essas modificações, agora, que botaram a fonte luminosa ali, botaram Tomé de Souza com ar de treinador de time de vôlei, puseram o bispo aleatoriamente, acharam que aqui está melhor e botaram o bispo. Não perdeu o simbolismo e encomendou-se a Mario Cravo uma cruz fraturada como símbolo do arrependimento tardio por ter-se demolido a igreja da Sé. Quando se demoliu a igreja da Sé, a pedra lavrada, a cantaria talhada, toda ela, toda ela – estou ficando velho, está na hora de eu dizer isso – toda ela foi colocada num terreno de propriedade da Cúria Metropolitana, que se chamava Quinta das Beatas. Pedras de cantaria lavrada, florões de pedra, etc., foi tudo colocado ali. Um dia fizeram uma invasão na Quinta das Beatas, que era um terreno baldio e de marreta quebraram-se as cantarias todas para fazer fundação das casas da invasão, que é hoje o consolidado bairro de Cosme de Farias.
Se alguém cavar uma casa em Cosme de Farias, está arriscado a encontrar uma portada de igreja, uma coisa dessas de cantaria talhada aí, na Quinta das Beatas."

Cid Teixeira
www.cidteixeira.com.br

PROTESTOS CONTRA A DEMOLIÇÃO DA IGREJA DA SÉ
“É bom que se diga a verdade, as negociações foram travadas ainda no tempo em que era arcebispo Dom Jerônimo Tomé da Silva, com a morte de Dom Jerônimo, assumiu o arcebispado Dom Augusto Álvaro da Silva que não se rendeu – vamos dizer assim – às manifestações, o que havia, a Faculdade de medicina, a Faculdade de direito, o Instituto Histórico, em resumo, as entidades mais significativas, mais culturais da cidade, protestaram, fizeram abaixo-assinados e manifestos, etc.; não obstante, foi demolida a igreja da Sé.”




Cid Teixeira
www.cidteixeira.com.br

A COMPANHIA LINHA CIRCULAR FINANCIOU A DEMOLIÇÃO DA IGREJA DA SÉ
“A Companhia Linha Circular tinha interesse em modificar o trânsito de seus bondes ali, no centro, porque com a igreja da Sé no meio. Você tem idéia de onde estava a igreja da Sé, a fachada voltada para o mar, onde está a Cruz Caída, o corpo da igreja atravessando tudo aquilo e os quarteirões todos, porque não foi só a igreja que foi derrubada, foi a igreja e todos os quarteirões ao redor.
Então, a Companhia Linha Circular, que fez a sua sede ali, onde está hoje a Coelba, aquele prédio foi feito pela Circular para ser sua sede, tinha todo o empenho em derrubar e patrocinou inclusive financeiramente, é verdade.
Dizem que a Sé na Misericórdia não cabe é certo, é justo; mas cabe não há discórdia no bolso de Dom Augusto.
Diziam-se uns versinhos assim na época.”

Cid Teixeira
www.cidteixeira.com.br

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