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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Igreja de Santana do Rio Vermelho

Situa-se a igreja no centro de um largo, num antigo bairro de pescadores e veraneio, o Rio Vermelho.
Sua vizinhança é formada por construções do séc. XIX já muito alteradas.
A pequena igreja está ligada ao sincretismo religioso afro-brasileiro. Segundo uma lenda, certo dia Yemanjá caiu em uma rede da próspera pesca do Xaréu. Sem refletir, o pescador-chefe levou-a, à força, à capela próxima onde se celebrava a missa. Humilhada e envergonhada, ela chorou todo o tempo, sendo depois solta.
Após esta data, nunca mais houve peixe no local, apesar dos presentes que os pecadores lhe oferecem todos os anos.
Tendo sido construída uma nova igreja em sua proximidade, foi retirado da mesma o culto religioso e transformada no Centro Social Monsenhor Amílcar Marques, onde são dados cursos profissionalizantes e assistência médica.
Altares e imagens foram retirados.
Igreja inconcluída provavelmente da 1ª. metade do século XIX. Seu projeto segue o modelo adotado nas igrejas matrizes de irmandades a partir do início do séc. XVIII, isto é, corredores laterais superpostos por tribunas. Este projeto, porém, não foi concluído, mas os vãos entaipados das tribunas do lado esquerdo podem ser identificados em seu interior. Em seu estado atual parece ter sido construída em duas etapas. A primeira, compreendendo: nave, capela-mor e sacristia. A segunda, compreendendo um corredor lateral desproporcionado, superposto por sótão. Esta segunda etapa parece um arranjo destinado a ganhar espaço, face à dificuldade de concluir o plano primitivo. A nave apresenta dois altares laterais embutidos sob arcos de descarga, reminiscências das antigas capelas laterais da planta jesuítica luso-brasileira tradicional.
Sua fachada é formada por dois corpos. O correspondente à nave é terminado por um frontão rococó tardio. Não há vestígios de torre.



Histórico arquitetônico

Tomé de Souza doa ao Conselho e Câmara do Senado da Cidade uma sesmaria, para o povo, neste local. Surgem aí os primeiros currais e armações de pesca. Mais tarde D. Marcos Teixeira, regressando de Abrantes (Espírito Santo) e investido do cargo de Capitão-mor, organizou a resistência à invasão holandesa de 1624. Com o passar dos anos surgem dois pequenos povoados: A Paciência e a Mariquita. Durante o período que coincide com a guerra do Paraguai (1864-1870), surge entre os dois lugares um terceiro, hoje conhecido como largo de N. S. de Santana, onde se encontra a igreja e as fundações de um baluarte que não chegou a ser concluído.

Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

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