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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Forte São Pedro

Construído no lugar escolhido pelos holandeses em 1624 para uma fortificação, foi erguido entre 1646 e 1723.
Ocupando um lugar estratégico para a defesa do limite Sudoeste da cidade colonial, tinha como objetivo principal impedir o acesso a Salvador de invasores desembarcados no Porto de Barra.
Sua concepção, em forma quadrada com quatro baluartes traçados em forma de ponta de lança, era um avanço para a época.
Neste forte, os militares brasileiros se rebelaram pela primeira vez contra o governo colonial português, em 1822, iniciando a guerra pela independência do Brasil.

A primitiva fortificação do local remonta ao entrincheiramento de São Pedro, diante das Portas de São Bento (Portas de Vila Velha), em local escolhido pelos holandeses, quando da invasão de 1624, para uma fortificação.
Tinha a função de defesa do acesso terrestre sudoeste àquela capital, devendo-se o seu nome à Igreja de São Pedro, que se erguia nas suas vizinhanças, e que por esse motivo foi demolida.

As obras de um forte no local foram iniciadas a partir de 1627, no Governo-geral de Diogo Luís de Oliveira (1626-1635), empregando faxina e terra, quando foi artilhado com trinta e cinco peças de diversos calibres (BARRETTO, 1958:178).
A partir de 1646, no Governo-geral de Antônio Teles da Silva (1642-1647), o forte foi reconstruído em alvenaria de pedra e cal, com planta no formato de um polígono quadrangular, com baluartes pentagonais nos vértices em estilo Vauban.
Em 1661, diante da ruína da portada de acesso, em madeira, foi ordenada a sua substituição por outra nova, em alvenaria de pedra e cal.
O século XVIIINo governo do Vice-rei D. Pedro Antônio de Noronha Albuquerque e Souza (1714-1718), dentro do plano de fortificação de Salvador elaborado pelo Engenheiro francês Brigadeiro Jean Massé em 1714, foram-lhe acrescentadas muralhas, fosso e obras exteriores de defesa.
A cisterna, Quartel de Comando e outras obras internas foram reconstruídos a partir de 1717, sendo o forte inaugurado em 1723, no governo do Vice-rei e Capitão General de Mar e Terra do Estado do Brasil, D. Vasco Fernandes César de Meneses (1720-1735) (SOUZA, 1983:170).
Uma nova portada de acesso foi erguida em arco abatido, superposta por uma espécie de tribuna. Dispostos ao redor do terrapleno, ao abrigo das muralhas, encontram-se os edifícios de um pavimento e, no centro, a cisterna. Os vértices dos baluartes apresentam guaritas em forma de torreões encimados por cúpulas.
BARRETTO (1958) informa que, à época, estava guarnecido por um Capitão e três soldados artilheiros, sendo a sua artilharia aumentada para quarenta e três peças, cinco de bronze (duas de calibre 10 libras, duas de 8, e uma de 3), trinta e sete de ferro (dezesseis de calibre 24, quatro de 12, quinze de 8, uma de 6 e uma de 2), e um morteiro de bronze de 1/2. Cooperava com o Forte de São Paulo, com o qual se comunicava por meio de uma cortina (op. cit., p. 178-179).
Segundo o delator da Conspiração dos Alfaiates (1798-1799), era no Forte de São Pedro que se reuniam os conspiradores, liderados pelos soldados Lucas Dantas e Luiz Gonzaga das Virgens, e pelos alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel
O século XXUma grande reforma foi procedida em 1905, aterrando-se-lhe os fossos (GARRIDO, 1940:88), após o que o forte foi desarmado. No início de 1912 recebeu canhões Krupp de 75mm.
Tomou parte no bombardeio da cidade, juntamente com o Forte do Barbalho e com o Forte de São Marcelo (10 de Janeiro de 1912), no contexto da Política das Salvações do Presidente da República, Hermes da Fonseca (1910-1914).
Na ocasião foram alvejados o Palácio do Governo, a Prefeitura Municipal, o Teatro de São João (GARRIDO, 1940:92) e a Biblioteca Pública de Salvador, tendo esta última se incendiado em decorrência, com a perda de importantes documentos históricos do Arquivo Público da Bahia.
Encontra-se tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1957, quando abrigava a 6ª DSup (estabelecimento regional de Subsistência) do Exército.
Restaurado na década de 1980, foi aberto ao público, dentro do Projeto de revitalização das Fortalezas Históricas de Salvador, da Secretaria de Cultura e Turismo em parceria com o Exército brasileiro.
Para os aficionados da telecartofilia, o vértice de um baluarte com respectiva guarita, ilustra um cartão telefônico da série Fortes de Salvador, emitida pela Telebahia em Junho de 1998.

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