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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Estátua de Castro Alves

Autor: Pasquale de Chirico
Época: 6 de julho de 1923
Origem: São Paulo – Brasil l
Localização: Endereço: Praça Castro Alves – Centro
Dados Técnicos: Material: Bronze e Granito Técnica: Fundição e Pedra lavrada.




Descrição Sumária:
Estátua em bronze, representando o poeta Castro Alves, em atitude declamatória – com braço direito estendido.
A estátua encontra-se assentada sobre pedestal de granito em blocos lapidados nas arestas.
A parte superior do pedestal é em forma de pilastra lisa, constituída por blocos superpostos.
Em direção à base observa-se um alargamento irregular, em degraus e blocos assimétricos. Apoiados ao pedestal no sentido longitudinal, 3 estátuas menores, também em bronze, representativas do movimento abolicionista, ainda no pedestal, adornos no mesmo material. Originalmente, integravam o conjunto lampiões de ferro fundido, hoje desaparecidos.
Ao pé da base repousam os restos mortais do poeta sob tampo de granito negro polido. Recentemente foi criado um canteiro ao redor do monumento.

Referência Histórica

O poeta baiano Antonio Frederico de Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847, Muritiba (Bahia), filho do médico Antonio José Alves e Célia Brasília da Silva Castro.
Mudou-se por volta de 1853 com a família para Salvador, estudou no Colégio de Abílio César Borges, onde foi colega de Rui Barbosa e durante esse período já demonstrava grande vocação para a poesia.
Em 1862 foi para Recife onde concluiu os estudos preparatórios.
Em 1864 matriculou-se no curso de Direito da Faculdade de Direito de Recife, cursou o ano de 1865 deixando para dedicar-se aos versos e a poesia.
Em 1866 perde seu pai, em seguida inicia uma relação amorosa com a dançarina Eugênia Câmara.
Essa relação amorosa lhe rendeu inspiração para escrever poesias líricas.
Em 1868 matricula-se no 3º ano da Faculdade de Direito de São Paulo, na mesma turma do seu amigo Rui Barbosa. Neste período tem grande inspiração para escrever poesias de cunho social. Durante uma caçada um tiro acidental de espingarda lhe fere o pé esquerdo, o que devido a complicações foi amputado no Rio de Janeiro, em 1969.
Vítima de tuberculose retornou à Bahia onde passou grande parte do ano de 1970 nas fazendas de parentes em busca da recuperação da saúde. Nesse mesmo ano, em novembro publicou seu primeiro livro Espumas Flutuantes, único que chegou a ser publicado em vida.
Suas poesias se distinguem em duas vertentes: a feição lírico-amorosa e a feição social e humanitária.
Como poeta lírico, caracteriza-se pelo vigor da paixão, a intensidade com que exprime o amor, como desejo, encantamento da alma e do corpo.
Enquanto poeta social foi sensível à causa abolicionista.
Obras:
Espumas flutuantes (1870);
Gonzaga ou a Revolução de Minas (1876);
A cachoeira de Paulo Afonso (1876);
Os escravos, obra dividida em duas partes: 1. A cachoeira de Paulo Afonso; 2. Manuscritos de Stênio (1883).
Obras completas Edição do cinqüentenário da morte de Castro Alves, comentada, anotada e com numerosos inéditos, por Afrânio Peixoto, em 2 vols.
Faleceu em 6 de junho de 1871, em Salvador, aos 24 anos, sem ter podido acabar a maior empresa que se propusera, o poema Os escravos, uma série de poesias em torno do tema da escravidão.
O monumento encontra-se na Praça Castro Alves (antigo Largo do Theatro), assim denominada por ocasião da celebração do decenário da morte do poeta, em 1881, em vista da autorização da Câmara Municipal, conforme se lê a fls. 39 do livro da ata de 10 de junho de 1881. Removido o chafariz (existia na época um chafariz todo de mármore de carrara,com uma estátua de Pedro Álvares Cabral) ali existente, no seu lugar tiveram inicio as obras do referido monumento, em 1920.
A estátua de Castro Alves foi fundida na oficina de Angelo Aureli, em São Paulo, chegando à Bahia, em dezembro de 1922.
Na manhã de 20 de junho de 1923, a estátua, de bronze do poeta, foi levantada até o topo da coluna que lhe serve de base.
Os blocos que serviram para o pedestal são de granito.
Concluída a obra, inaugurou-se o monumento no dia 6 de julho de 1923.
O monumento, em sua totalidade, mede 10,74m de altura.
O pedestal tem 6 degraus, o primeiro com 0,35m de altura e os outros com 0,25m, cada um.
A estátua de bronze do poeta mede 2,34m de altura.
De um lado da coluna, há um grupo em bronze, com 2,16m representando um anjo em posição de vôo, a levantar uma mulher escrava pelo braço, erguendo-a à altura.
Do outro lado da coluna, encontra-se um livro aberto com uma espada atravessada, tendo em letras douradas o seguinte verso: "Não cora o sabre de hombrear com o livro".
Em placa de mármore, numa das faces da base, lê-se: A Bahia a Castro Alves.
A estátua do poeta, excelente trabalho do escultor Pasquale de Chirico, representa o poeta na atitude de fala ou está declamando, tendo a cabeça descoberta, fronte erguida, olhar perdido no infinito, chapéu mole de estudante à mão esquerda, braço direito estendido.

Fontes: SOUZA, Antonio Loureiro de. Baianos ilustres: 1564-1925. Salvador, Gráfica Beneditina, 1944. Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, nº. 59, 1933.

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