Serviços

Organizamos o roteiro desejado, providenciando:
Traslado até o local (ida e volta).
Informações sobre o local.
Levantamento de preços e horários disponíveis.
Tours fotográficos por ruas, prédios históricos, praias, cidades próximas, feiras e áreas de interesses.
Passeios individuais ou com grupos.
Envie-nos um e-mail e verifique a disponibilidade. waltsonraylan@globo.com




quarta-feira, 7 de maio de 2008

Cemitério dos Ingleses

Quando o príncipe regente D. João abriu os portos brasileiros para nações amigas em 1808, foi aberta uma janela que deixou entrar novos ventos.
Pode-se também dizer que o futuro D. João VI abriu uma caixa de Pandora, liberando influências estrangeiras que impactariam de uma maneira sem precedentes a cultura e a realidade social, política e econômica do Brasil, e principalmente da Bahia, acelerando e transformando o desenvolvimento físico da Cidade do Salvador.
No início do século XIX, tais “nações amigas” e “influências estrangeiras” poderiam ser resumidas a um país apenas – a Grã Bretanha.
Foi por causa de sua opção de se aliar com os ingleses, que D. João se viu obrigado a fugir das tropas de Napoleão e transferir a sede do Império Português para o Brasil. Navios de guerra ingleses escoltaram o príncipe regente e sua corte durante a travessia. E dois anos depois, tratados assinados com Portugal deram à Grã Bretanha domínio comercial sobre o Brasil.
Os ingleses que se fizeram presentes no Brasil e mais especificamente na Bahia, poderiam grosso modo ser divididos em dois grupos: os que vieram para lucrar e retornar à Inglaterra, e os que vieram para lucrar e terminaram ficando, constituindo a comunidade inglesa.
Eles eram os comerciantes que se aproveitariam da nova política portuguesa de abertura comercial.
Mas entre um e outro grupo, muitos foram os ingleses que apenas por aqui passaram na condição de comandantes de navios, marinheiros, naturalistas, enfim de visitantes de curta duração, alguns dos quais deixaram interessantes relatos de suas visitas.
Finalmente, havia os que vinham trabalhar, pelo menos temporariamente, fora do ramo do comércio, nas mais diversas ocupações, como médicos, professores universitários, fotógrafos, engenheiros, artesãos e trabalhadores braçais.
Independentes do grupo a que pertenciam, centenas de ingleses ficaram definitivamente na Bahia, sepultados no Cemitério dos Ingleses, localizado na Ladeira da Barra, em área e posição privilegiadas, formando, juntamente com o Forte de S. Diogo, a Igreja de Santo Antônio e os casarões da Vitória, muitos deles ocupados por ingleses no século XIX, um corredor de singular apelo histórico e cultural.
De certa maneira, este cemitério com vista da Baía de Todos os Santos, que literalmente foi um cartão postal da cidade, se tornou um monumento à presença inglesa na Bahia, que foi tão marcante no século XIX e continua até hoje, de uma forma menos evidente.
Embora o cemitério faça parte de uma área de alto valor histórico, cultural e paisagístico, apenas recentemente foi objeto de uma proposta de restauração e revitalização, após anos de abandono e degradação.
Agora em andamento, este projeto inclui o cemitério em si e o prédio que outrora funcionou como capela e será o futuro Centro da Memória da Comunidade Inglesa na Bahia.
Fonte: http://www.5star.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário, retornaremos em breve.