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segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Casa dos 7 Candeeiros

“Em 1759, já, portanto, no meio do século XVIII, nós vamos encontrar um grande solar, este sim, com uma densa história, com uma beleza arquitetônica muito grande, que é a Casa dos Sete Candeeiros.
A Casa dos Sete Candeeiros foi construída por um homem que deixou lá o seu brasão de armas, Inácio Aprígio da Fonseca Galvão.
Ela começa como casa residencial, É um palácio. Se alguém não conhece a Casa dos Sete Candeeiros está em debito consigo próprio.
Ela está mal situada na cidade, mas de tal beleza, beleza arquitetônica que mercê ir até lá.
A geração masculina aqui presente, sabe muito bem onde era o Rumba Dancing, fica de fronte do Rumba Dancing, todo mundo sabe onde é, os masculinos da sala, sabem todos.
Não há mais Rumba Dancing que as senhoras podem ir lá desacompanhadas sem nenhum problema.
Sabe onde é a Caixa Econômica? Rua d’Ajuda, ali dentro. Entre pela Caixa Econômica e vá direto que você bate nos Sete Candeeiros.
Essa foi a residência de Inácio Aprígio da Fonseca Galvão, que mandou colocar no alto da viga da porta o seu brasão de armas e, estudando esse brasão de armas, você verifica que é o mesmo brasão usado anos e anos mais tarde pelo marechal Deodoro da Fonseca, o que nós leva a crer que assim como os Góes da Ribeira do Góes são parentes dos atuais Góes; Deodoro da Fonseca tenha que ver com Inácio Aprígio da Fonseca Galvão.
Depois foi seminário jesuítico, mas tarde, propriedade da Santa Casa da Misericórdia que alugou a terceiros, inclusive alugou a um homem que tem uma responsabilidade muito grande no nascimento de Rui Barbosa, o conselheiro Albino José Barbosa de Oliveira, que morou ali e entregou uma casinha no fundo, absolutamente desprezível, a um sobrinho que fracassou nos negócios, que era o pai de Rui Barbosa.
Rui Barbosa nasce ali, pelas dificuldades financeiras do pai e vai morar numa casa de estábulo, numa casa de fundo de roça, que foi do tio do pai dele, por isso nasce Rui Barbosa ali, no que é hoje a Casa de Rui Barbosa, que todos conhecem.
Mais tarde passa a ser residência do desembargador Candido Leão, quando foi arrematada pela Santa Casa da Misericórdia, que passou a alugar, dispondo de cômodos e perdendo a sua, digamos, dignidade senhorial, até que finalmente foi recuperada.
A Casa dos Sete Candeeiros teve um trabalho, teve uma importância muito grande na cidade de Salvador porque foi hospedaria. Prá vocês terem uma idéia da majestade da casa, durante o mês de janeiro de 1808, esteve aqui a Corte Portuguesa, Dom João e o pessoal dele todo.
Três viscondes foram hospedados na Casa dos Sete Candeeiros que teve alojamento, teve condição, teve equipamentos para hospedar três, Visconde Redondo, Visconde Rezende e Visconde Alegrete.
Essa daí, eu faço um apelo, se ninguém foi ainda lá, vá um dia desses, se estiver andando a pé ali, pelo centro da cidade, vá ver a Casa dos Sete Candeeiros que se chama dos Sete Candeeiros exatamente porque quando foi equipada para receber a família real e os seus acompanhantes, ornou a sua parte externa com sete luminárias que foram os sete candeeiros.
Eu chamo a atenção dessa história dos sete candeeiros porque uma professora chamada Ruthlands, ela era uma antropóloga, é, está viva ainda, uma antropóloga norte-americana que veio a Bahia e escreveu um livro sobre suas impressões da Bahia.
Ouviu um guia de turismo por aí e escreveu que a Casa dos Seven Lampions, se chama Seven Lampions em homenagem a um famoso bandido e seus sete principais asseclas, sete candeeiros, sete lampiões, sete membros da quadrilha de Lampião.
É preciso ficar muito atento quando se estuda história para não cair em armadilhas como essa, que bota sete lampiões lá; que diz que morreu um padre na igreja do Unhão, que anda dizendo coisas por aí.”
Cid Teixeira
www.cidteixeira.com.br

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