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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Av. Sete / Carlos Gomes

"Quando um morador tradicional de Salvador diz que vai à Avenida Sete podemos ter a certeza de que ele está se referindo ao trecho desta avenida que vai do Campo Grande à Praça Castro Alves.
Afinal de contas os outros trechos são mais conhecidos por outros nomes como Corredor da Vitória ou Ladeira da Barra.
A Avenida Sete (de Setembro) foi durante muitos anos a principal via de Salvador que ligava a antiga Vila do Pereira ao Centro Histórico.
Foi também o principal centro comercial da cidade, tendo entrado em decadência após o surgimento dos grandes shopping centers.
Ainda hoje é possível observar no horário comercial um fluxo intenso de transeuntes que circulam por entre lojas, ou simplesmente querendo chegar a uma das localidades adjacentes como o Politeama, as Mercês ou São Pedro.
Paralela à Avenida Sete fica a Rua Carlos Gomes cujo tráfego de veículos se dá em sentido inverso à primeira.
As duas se encontram na Praça Castro Alves formando a esquina do Edifício Sulacap. A história desta avenida se confunde com a história de Salvador e com as suas personagens, do passado e do presente, que circularam por suas calçadas".
Cid Teixeira

Depoimentos
“...Ora, amigos, a cidade não se expandiu muito mais do que isso. Mas, há um fato urbano que há de ser ressaltado desde aí, o Caminho do Conselho.
O Caminho do Conselho que era a ligação entre a cidade nova que nascia e a velha Vila do Pereira que estava lá, no Porto da Barra.
Este Caminho do Conselho que é hoje a Avenida Sete de Setembro, só que evidentemente com todas as modificações, com todas as alterações, com todas as distorções positivas e negativas acontecidas ao longo de quatro séculos.
Para começo de conversa, vejamos o seguinte: subia-se a ladeira de São Bento e encontrava-se o mosteiro, que os padres vieram um pouquinho depois da chegada de Tomé de Souza, e daí, numa cumeada só, sem maiores percalços, você vai andando pelo atual traçado da Avenida Sete de Setembro, até que nós chegamos na altura aproximada do que é hoje o edifício Fundação Politécnica, o Largo de São Pedro, aproximadamente.
Ali começa a ficar mais larga a cumeada e começa a surgir umas pequenas ruas laterais, o Areal de Baixo, o Areal de Cima, bem mais tarde – eu estou agora a dar um salto na cronologia – a casa do Sodré, que acabou deixando o seu nome para a rua; e assim nós vamos caminhando pelo Caminho do Conselho.
Mas o grande momento das alterações está no Campo Grande.
Meus amigos observem uma coisa, ninguém faria um forte cuja porta principal batesse de cara com uma muralha; ninguém faria um forte e o grade da rua junto do forte ser mais alto do que esse mesmo forte.
Então, não se pode julgar o forte de São Pedro pelo que está lá hoje; considere-se que ele estava disponível a céu aberto, não havia o que você chama hoje de Passeio Público, com aquela grade, naquela altura. De tal sorte que entre o forte de São Pedro e o forte de São Paulo da Gamboa, havia uma interação natural que ao tempo se foi modificando.
Observe que há um viaduto, um viaduto de ferro ali atrás que não tem nada a ver com o que Tomé de Souza viu.
Eu desconfio que se Tomé de Souza saltasse aqui hoje, não ia reconhecer muito o sitio, o que é ótimo, porque é prova do progresso nosso.
E aí vamos chegar ao Campo Grande, onde aconteceram as coisas mais espantosas que se possa querer em matéria de urbanismo.
Em primeiro lugar, uma invasão de colarinho branco, a primeira de que nós temos notícia.
Todo aquele correio de casas que está entre o atual hotel da Bahia até a rua do forte de São Pedro, assim chamada, tomando a face do forte que era disponível para o Campo Grande de São Pedro.
Por outro lado, as modificações do próprio forte de São Pedro, da rua do forte de São Pedro.
Observem vocês, passando por ali, que todas as casas do forte de São Pedro, desde o teatro Castro Alves até o Politeama, tem um primeiro, segundo, terceiro, às vezes quarto subsolo; há umas escadinhas descendo por ali, meus amigos urbanistas devem estar bem lembrados delas...”
www.cidteixeira.com.br

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