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terça-feira, 27 de maio de 2008

Colégio dos Orfãos


CASA PIA E COLÉGIO DOS ÓRFÃOS DE SÃO JOAQUIM

A Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim, ex-Noviciado da Anunciada da Jequitaia, está localizada na parte baixa de Salvador, no sopé da Montanha, à margem da avenida que leva à península de Itapagipe.
Por ocasião da fundação do Noviciado da Jequitaia o mar chegava até sua frente e a ligação com a cidade se fazia por barco.
Por força de sucessivos aterros o monumento está hoje afastado do mar, tendo à sua frente uma pequena praça.
Edifício de notável mérito arquitetônico que compreende colégio, capela e instalações de captação de água da encosta, transformada em banheiro do orfanato no século passado.
A construção se desenvolve em torno a um grande pátio em dois pavimentos.
A capela apresenta uma galilé de três arcos, superposta por tribunas em lugar de coro como na solução tradicional franciscana e beneditina. A pintura do teto é de José Teófilo de Jesus de 1826 alusivas à Anunciação da Virgem, bem como os três quadros para altares alusivos a S. Pedro de Alcântara, N. Senhora e Santíssima Trindade na capela-mor; Ainda da mesma autoria, os quadros de Santana, S. Joaquim e a Virgem no altar ao lado do Evangelho; representando a morte de S. José assistida por Cristo e a Virgem no altar do lado da Epístola.
Trabalharam nas obras de talha inúmeros irmãos no período de 1722 a 1748, mas a talha atual dos altares, púlpito, tribunas e coro é neoclássica.
Possui mobília de jacarandá do séc. XIX no Salão Nobre.



Construção conventual desenvolvida em torno a um imenso claustro.
A capela ocupa o meio do "quarto" frontal, partido adotado no Seminário de Belém de Cachoeira (BA) e proposto pelo Padre S. de Vasconcelos para o Colégio de Salvador em 1654.
A igreja apresenta uma solução curiosíssima. O eixo da nave é paralelo à fachada principal. Esta disposição permitiu que o volume da igreja não interferisse no claustro.
Separadamente planta e fachada têm como modelo as igrejas matrizes e de irmandade do começo do séc. XVIII, mas reinterpretadas de maneira criativa.
Os corredores são substituídos pela galilé e galeria do claustro.
O corpo central da fachada não corresponde à nave com coro elevado da solução tradicional, mas sim à galilé e tribunas superpostas. Ela repete com sucesso a experiência da igreja do Colégio de Jesus ao tentar conciliar a fachada de duas torres com nova fachada romana de frontão clássico ladeado por volutas.
Sua fachada como a da Conceição da Praia é flanqueada por corpos de construção à madeira do Convento de Mafra de Ludovice.
As janelas com frontões sem entablamento evocam a Lisboa Pombalina, tendência que se faz sentir em outras igrejas que receberam componentes de Lisboa como Conceição da Praia, N. S. do Pilar e, inexplicavelmente a de Santana.

Histórico arquitetônico:
1704 - Fundado o Noviciado em terreno doado pelo bandeirante Domingos Afonso Sertão, desbravador do Piauí;
1705 - O Geral da Companhia aprova fundação;
1706 - Licença para construção dada pelo Rei;
1709 - Lançada a 1ª pedra em 09/III. O projeto original foi remodelado pelo francês Charles Bellaville S. J. As obras foram dirigidas pelo Pe. José Aires com assistência do projetista. Bazin afirma que o irmão Jácome Antônio Barca, italiano de Como, trabalhou também como arquiteto; 1724 - Domingos A. Sertão em testamento doa recursos para conclusão das obras. Nesta época estavam concluídos três corredores e a capela;
1728 - Realizada a inauguração oficial;
1732 - Construção do 4º corredor, lado da igreja;
1736 - Trabalhos na capela-mor e coro;
1759 - Renovadas as torres e o frontispício, construída a capela mortuária e uma muralha para proteger o edifício da ação do mar;
1760 - O monumento passou a propriedade da Coroa com a expulsão da Companhia de Jesus; 1818 - O Conde da Palma, governador da Bahia pediu a D. João VI a doação do prédio para que o beato Joaquim Francisco do Livramento nele estabelecesse um colégio para órfãos;
1825 - O orfanato é inaugurado;
1826 - José Teófilo de Jesus executa a pintura do teto da igreja.

Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.

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